2020 não foi fácil. Não, não foi.
Foi um ano desafiador. Sim, foi um ano de reflexão, de auto-conhecimento de nos pôr à prova.
O ano que mostrou as fragilidades e fraquezas, mas também as melhores capacidades que temos escondidas dentro de nós. Mostrou a importância da solidariedade, comunidade e o do amor ao próximo.
O ano 2020 fechou-me em casa, de um dia para outro fiquei em teletrabalho, sorte que alguns não tiveram.
Por isso, face a um ano atípico resta-me agradecer e deixá-lo partir sendo grata pelo que me deu e não chorando o que me tirou ou privou.
Desde o dia 16 de Março, que tenho o privilégio de ter esta vista diária, da foto que escolhi para esta publicação. Daqui observei a passagem das estações, através das árvores. Sou uma felizarda, moro num sítio agora urbano, outrora campo, que me permite ouvir os pássaros, o canto dos galos, o grasnar dos patos, que se passeiam pela quinta. Ao longo destes quase 300 dias o terreno foi-se vestindo de várias tonalidades, palco de várias sementeiras. Desde as favas, batatas, tomate, abóboras, curgetes. couves às alfaces.
É desta janela que páro para respirar em atenção plena todos os dias. Onde apanho o sol da manhã, enquanto bebo o meu café, que me ilumina e me aquece a alma. Daqui vejo a chuva, o vento e o movimento da vida que não pára.
O mundo parou em meados de março, mas a natureza não. E eu também não parei.
Troquei o tempo que passava no trânsito pela caminhada matinal, ganhei novos hábitos, investi na saúde física e mental. As idas ao ginásio passaram a exercício online e passei a ler mais. Ganhei tempo que não tinha, apesar de trabalhar mais...Abrandei o ritmo alucinante que não me deixava tempo para viver. Obriguei-me a gerir melhor o meu tempo, tornei-me mais organizada, pois o lar passou a ser "Home/Office sweet Home/Office".
Quanto a 2020 não me quero focar no que não tive, ou no que tirou, mas sim agradecer o que me deu.
Agradeço estar em casa, viver e trabalhar. Ter casa é um privilégio, nem todos tem um teto.
Agradeço a tecnologia que nos permitiu estarmos todos conectados, para trabalhar e conviver.
Agradeço ter tido saúde, eu e os meus mais queridos ( em 2016 e 2017 sim foram anos ainda mais difíceis, pois passei a maior parte dos dias com a minha mãe no Hospital, e em 2019 o meu marido passou por uma cirurgia com um prognóstico que terminou bem, graças a Deus.).
Agradeço ter tido sempre comida na mesa apesar das filas nos supermercados e da paranoia dos açambarcamentos ( tornei-me mais rigorosa na ida às compras e mais eficiente),
Agradeço ter tido tempo para olhar mais para mim e no que deveria melhorar. Aprofundei o conhecimento de Mindfulness que iniciei há dois anos e que muito me ajudou a passar por este período que ninguém quer repetir.
Agradeço todos os dias deitar-me na minha cama e não na cama de um hospital.
Em suma, 2020 foi o ano que me mostrou quem merece estar comigo no meu caminho chamado Vida, quem me acarinhou, se preocupou comigo, quem me tratou bem.
Como amar é um acto de reciprocidade, é dar e receber, este ano que terminou deu-nos a prova do que o que é mesmo importante. Não precisamos de muito para sermos felizes. O essencial basta.
E, nada é mais importante que o AMOR na vida. Sem ele não vivemos felizes. Podemos estar despojados de tudo, mas o AMOR cura e só o AMOR me deu paciência e perseverança para em cada dia viver com a alegria e esperança que o amanhã será sempre melhor.
É com esta convicção que me despeço de 2020 e de braços abertos recebo o novo ano, 2021.
Sê bem-vindo, novo ano!
Feliz Ano Novo!
Passei para desejar um excelente Ano Novo 2021 e um Feliz Dia de Reis!
ResponderEliminarBeijinhos,
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